Pensando em vocês jovens e em nós não tão jovens cheguei à conclusão que devia compartilhar sobre os dias difíceis que cada um de vocês jovens passam. E gostaria de oferecer a vocês, alguns exemplos das escrituras, para que possamos chegar a um veredicto final de que ainda que todos abandonem a verdade, mesmo que “eu” fique só devo continuar.
Quero começar pela vida de Sama, filho de Agé e para isso vamos ler II Samuel 23: 11, 12 - “E depois dele Samá, filho de Agé, o hararita, quando os filisteus se ajuntaram numa multidão, onde havia um pedaço de terra cheio de lentilhas, e o povo fugira de diante dos filisteus. Este, pois, se pôs no meio daquele pedaço de terra, e o defendeu, e feriu os filisteus; e o Senhor efetuou um grande livramento”. Amados, podemos ver aqui apenas um pedaço de terra cheio de lentilhas e isso nos faz pensar no testemunho que temos sobre a terra sobre a verdade da Igreja, ainda que exista muita terra em volta, Agé uma figura daquele que guarda a verdade nos dias de hoje, mostrado pelo alimento aqui no texto em forma de lentilha, para muitos existem muitas coisas para se alimentar, mas aqui nessa figura linda, podemos ver o alimento celestial, que de certo temos de encontrar em meio aqueles que andam na verdade, ainda que isso as vezes, infelizmente não seja assim. Mas quero hoje chamar vocês irmãos para essa responsabilidade de ensino e de sustentar a verdade, e lembrar as irmãs da responsabilidade que cabe a elas, em relação as irmãs mais novas, não quero falar sobre isso agora, mas o importante e cada um de vocês tenham em mente as vossas responsabilidades. Mesmo que tudo em volta esteja perdido aparentemente, pois é isso que vemos aqui, apenas um Agé guardando um terreno diante dos filisteus. Mas Deus estava com ele e conseguiu guardar aquela plantação de lentilhas e isso também me trás a memória um depósito que somos a chamados a guardar lá nas epistola de Paulo a Timoteo.
Vamos seguir para outro exemplo chamado Mefibosete, e para isso vamos ler II Samuel 19: 24 – 30 - “Também Mefibosete, filho de Saul, desceu a encontrar-se com o rei, e não tinha lavado os pés, nem tinha feito a barba, nem tinha lavado as suas vestes desde o dia em que o rei tinha saído até ao dia em que voltou em paz.
E sucedeu que, vindo ele a Jerusalém a encontrar-se com o rei, disse-lhe o rei: Por que não foste comigo, Mefibosete?
E disse ele: Ó rei meu senhor, o meu servo me enganou; porque o teu servo dizia: Albardarei um jumento, e nele montarei, e irei com o rei; pois o teu servo é coxo.
Demais disto, falsamente acusou a teu servo diante do rei meu senhor; porém o rei meu senhor é como um anjo de Deus; faze, pois, o que parecer bem aos teus olhos.
Porque toda a casa de meu pai não era senão de homens dignos de morte diante do rei meu senhor; e contudo puseste a teu servo entre os que comem à tua mesa; e que mais direito tenho eu de clamar ao rei?
E disse-lhe o rei: Por que ainda mais falas de teus negócios? Já disse eu: Tu e Ziba reparti as terras.
E disse Mefibosete ao rei: Tome ele também tudo; pois já veio o rei meu senhor em paz à sua casa”. Nesse texto podemos ver que o desejo de Mefibosete era a volta do seu Senhor, o rei Davi, uma figura linda para aqueles que esperam a volta de Nosso Senhor Jesus, podemos ver que esse era do desejo da alma de Mefibosete, pelo fato demonstrado aqui através de “não ter lavado os pés”, “não ter feito a barba” e nem “ter lavado a suas vestes”, nestas figuras podemos perceber que tudo em volta dele não tinha nenhum valor e nenhum desejo, ele apenas aguardava a volta de seu Senhor, ah que linda figura meus amados, esperar o Senhor voltar, desejar ardentemente a Sua volta, deixando de lado tudo o mais que para o mundo tem valor, que a alma desejosa da volta do Senhor tenha essa expectativa no coração, que o mundo não lhe tenha valor, que os desejos emocionais não lhe façam diferença e que os desejos da carne não consigam êxito nesses corações. Que assim como Mefibosete possamos contemplar a vinda do Senhor e a expectativa da Sua volta. Que graça maravilhosa Mefibosete conhecia, pois aguardava ansioso a volta de seu Senhor, que nós possamos entender esse amor, essa graça e termos em nosso coração esse desejo a cada instante de nossas vida.
Para finalizar quero ler um texto do apóstolo Paulo, que está em II Tm 4: 13 – 17 – “Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos.
Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras. Tu, guarda-te também dele, porque resistiu muito às nossas palavras.
Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado. Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que por mim fosse cumprida a pregação, e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão.” Lendo este texto aqui colocado sabemos com certeza que no fim, poucos andam na verdade e ainda assim temos a certeza que Ele está conosco, que nada mais nos importa, a Sua presença, os Seus ensinos nos são suficientes. Muitos que pensam em prejudicar terão seus dias diante de Deus, pois Ele tudo vê, tudo sabe e podemos descansar que Ele cuida de tudo isso. Enfim podemos descansar que cumprimos o desejo de Nosso Senhor e Salvador em anunciar a verdade a todo homem, ainda que isso aparentemente não tenha mudado nada e poucos tenham sidos alcançados. O que nos da paz é a certeza de que Ele e somente Ele nos trás em um repouso absoluto nos dias vindouros, e ainda que a solidão ou a velhice chegue Ele será nosso companheiro até o fim.
Espero que essas palavras inundem o vosso coração.
Seu irmão Julio Ometto.