Tiago Capítulo 5

Resumo da conferência de Tiago capítulo 5

Assim que começamos a ler o capítulo 5, temos que recordar que essa carta foi escrita aos da dispersão, ocorrendo assim mensagens para pessoas não salvas e é o que vemos imediatamente dos versículos 1 a 6. Mas com certeza podemos de alguma forma aplicarmos como um espelho em nossas vidas. Para isso vejamos I Tm 6: 1 a 19.

No primeiro versículo encontramos uma palavra direta aos não convertidos que com a palavra sobrevirão, lhe aponta o juízo final. Também percebemos que se inicia um aviso solene ao futuro de todos aqueles que não creem em nosso Senhor Jesus.

No segundo versículo percebemos com clareza que as riquezas por si só nada valem e são de nenhuma serventia. Mostra como a corrupção está ligada a situação daqueles que são desonestos com os outros.

Em seguida percebemos que esses homens ajuntaram apenas para si, não repartiam e nem pensavam nos pobres.

No versículo três, vemos uma figura que podemos aplicar a nós mesmos, e analisarmos o que temos feito com nossas riquezas. Um solene testemunho contra os que acumulam riquezas para si. Mostra que temos que se interessar pelo celestial e esses homens só pensavam no terreno. Pois o celestial dura para sempre, não enferruja e a traça não corroe. Imagine que absurdo, guardar ao ponto de enferrujar o ouro e a prata, materiais nobres, isso nos fala de ser mesquinho, miserável, mal despenseiro, individualista e nos fala de agir assim por muito tempo, ah,  Senhor livra nos de fazer tal coisa.

No quarto versículo somos exortados a sermos bons mordomos, coisa que aqueles homens não eram, pois retinham parte do salário dos trabalhadores, enriquecendo de maneira a “subir às custas dos outros”. Corremos um sério risco de agir assim, pois podemos ser patrões e pagarmos mal a nossos funcionários para retermos mais para nós. Outro exemplo, você chama alguém para trabalhar para você de jardineiro, e sabe que o dia do “jardineiro” é R$ 120,00 naquela localidade, mas como ele é de fora e não sabe você oferece R$ 75,00, ele aceita pela necessidade, mas você está usurpando o seu irmão, pois aproveitou da necessidade e da ignorância dele. Ou você pode achar que seu funcionário não merece ganhar mais, pois ele é de outra nacionalidade e a sua nacionalidade sim é que merece, são coisas que muitas vezes passam despercebidas entre nós, mas mostra avareza. Tomemos cuidado com o nosso testemunho diante dos homens.

No quinto versículo, podemos ver quanto os homens ricos e sem Deus vivem dissolução, ou seja, de forma ao prazer e sempre na carne. Lucas 12: 15 a 25

Uma outra coisa que precisamos lembrar é que somos ricos para os que são pobres para nós. Um exemplo, se estamos numa condição acima na sociedade, somos ricos para os que estão abaixo de nós na cadeia social, não precisamos ser detentores de milhões de dólares para sermos considerados ricos, para os que vivem ao nosso redor. Mas lembre–se estamos falando da igreja de Deus, e dos irmãos, quanto aos ricos desse mundo, sem Cristo, esses estão em condenação, a menos que se convertam ao evangelho da graça. Aqui corremos um outro risco que temos que levar em conta, e é o fato de sermos ajudadores e formamos dependência nas pessoas, de um lado elas precisam aprender a pescar e não a viver de esmola. Também não podemos contribuir na esperança de que as pessoas nos apoiem, temos que lhe deixar livres para que possam ter a liberdade de ser favoráveis aos nossos pensamentos ou não. Por isso diz as escrituras que é melhor a mão direita não saber o que a esquerda faz, nesse caso.

Para fechar esse primeiro contexto, o versículo 6, é solene e acusa esses homens de term matado o “justo”, ou seja, o próprio Senhor Jesus, Salmo 41.

Que fique de alerta para nós, que apesar dos resquícios judaicos que encontramos nesses 6 versículos, temos muito que aprender, lembremos de Geazi, II Rs 5:26 e também de II Co 9:8, pois Ele sendo rico se fez pobre por nós.

 

Agora entramos na parte 2 do capítulo que vai do versículo 7 até o 12.

Aqui aprendemos que precisamos de paciência e isso é muito difícil.

Precisamos de exercício que fortaleça o coração.

O versículo 7 nos mostra que não temos controle de nada, e em tudo dependemos do Senhor. Podemos ver o Senhor Jesus como o lavrador, e também podemos ver uma metáfora, ou uma figura de linguagem para nos mostrar que dependemos de Deus em tudo. Podemos ver as primeiras chuvas como a vida do Senhor aos Seus e a chuvas derradeiras como Sua volta em poder e majestade.

No versículo 8, aprendemos que devemos nos colocar “em”, e ter a Ele como exemplo, sempre lembrando, que nosso foco é a vinda do Senhor. II Tm 4:18.

Aprendemos no versículo 9, que devemos não tecer comentários, e muito menos fazer julgamentos sobre nossos irmãos. E isso deve ser uma atitude individual de cada um. Fp 4: 8,9. Também vemos que Deus executa disciplina em Seus filhos quando precisa. I Co 11: 30.

Em seguida no 10, vemos que podemos suportar, pois outros homens e mulheres de Deus suportaram, e se pregamos ou vivemos a Palavra fica mais fácil seguir suportando.

Agora no versículo 11, temos um modelo de vida, “por felizes”, , somos chamados a continuar firmes, lembramos dos fieis, termos esperança, e aguentar até o fim, pois se fugimos da prova, não receberemos a recompensa, veja que Jó, suportou até o fim, e isso lhe rendeu muito mais do que tinha.  E Deus é misericordioso e compassivo.  E tudo o que Ele faz é bom, Jó é uma prova disso.

Para encerrar esse bloco vejamos o versículo 12, e logo percebemos a tendência do homem natural...jurar...fazer voto, se achando capaz e nunca inconstante. Que o Sim ou o Não sejam companheiros de nossos lábios e que nunca usemos de outras palavras. Mt 5:33 Outra coisa que aprendemos aqui, é que é pessoal, uma exortação individual para cada um de nós.

Na terceira parte que começa no versículo 13 e vai até o 15, temos muito o que aprender. Começamos com as 3 perguntas dos versículos 13 e 14.

Com clareza percebemos que aqui temos a vida prática de um cristão, o dia a dia, as necessidades, enfim o seu viver. Em Ex 17: 11 a 13, entendemos a importância da oração em conjunto, não que não devemos orar individualmente, sim, isso é muito necessário. Sl 62:8 nos incentiva a orar constantemente. Nós temos feito isso? É uma pratica diária? Cada um responda por si!

Já a segunda pergunta nos fala de alegria, gratidão e nos remete a Cl 3:16, e ali vemos os 3 tipos de louvores, salmos, hinos e cânticos espirituais...que possamos ser poetas e colocarmos diante do Senhor nossas próprias canções também, ainda que haja muitos salmos lindos e muitos hinos lindos, o Senhor se agrada de derramarmos a Ele o nosso coração. Também lembramos de At 16: 25, orar, cantar mesmo em tribulações, independente do que irá ocorrer. Vivendo assim, estaremos nos relacionando com os céus intensamente.

Agora entramos no versículo 14, e aqui vemos o conceito dos irmãos responsáveis, aqueles que atuam entre nós, e não sobre nós. Percebemos que esse atuar é servir, é serviço, é viver em simplicidade entre os santos, trabalhando com afinco. O conceito de presbíteros instituídos, sabemos que não é mais possível, devido ao fato de não termos mais apóstolos entre nós, agora quanto aos presbíteros reconhecidos, eles se dão pelo simples fato de viverem de modo tal, mas não exigem o reconhecimento, procuram viver abaixo dos demais e não sobre os demais, tem um discernimento exemplar e fazem o que tem que ser feito, a dificuldade de se ter homens assim reconhecidos pelos irmãos é as listas de exigências que temos tanto, em Tito 1, como em I Timóteo 3, assim, entendemos que é possível, mas longe de nós, nos enquadrarmos com sinceridade nessas listas.

Na sequência temos a apresentação da oração da fé, com a unção com óleo. E não podemos separar os versículos 14 e 15, ou seja, o discernimento é tal, que a oração não depende tanto do doente e sim do orador, pois mostra que ficou curado, ou seja, aqui é o caso de cura absoluta, não tem nada de mais ou menos, é algo como no tempo dos apóstolos, “em nome de Jesus o Nazareno, levanta e anda”, e vai mais longe se tem pecado envolvido, veja I Co 11:30, receberá o perdão, pensemos nisso irmãos antes de abrirmos as nossas bocas, procurando presbíteros por ai, assim, não vamos brincar de “orar e curar”, vamos ser sinceros e olhar para a condição do cristianismo hoje, reconhecermos as nossas fraquezas e procurarmos dar um testemunho da verdade da “unidade do Corpo de Cristo”, mas não podemos negar a possibilidade que sim, haja esses homens, bem como essa cura, mas para isso gostaria de trazer aqui um pequeno paragrafo de F.B. Hole, conhecido entre os irmãos antigos e escritor de diversos livros:

“ Cremos que sim. Mas porque não praticamos? Penso que temos duas razões: Uma delas é porque na verdade é bastante difícil encontrar esses ditos “Presbíteros, Anciões ou Bispos”, ainda que ouvimos muitos se intitulando assim, em meio a cristandade, nas suas associações religiosas. Vivemos em tempos de ruínas quanto a manifestação da unidade na prática, e pagamos um preço caro por isso. O segundo motivo ao meu ver, seria, digamos que encontramos aos tais irmãos, e eles atendessem a tal chamado, ainda teríamos outro problema, eles precisariam de um discernimento tal e de uma fé tal, “exigida nessa situação”, para que executassem essa oração aqui mencionada. Veja bem, a fé aqui é da parte dos que oram, isto é, desses homens. Nada é dito da fé do enfermo, apesar de podermos inferir que ele a tivesse, ao menos para se colocar aos cuidados desses irmãos mencionados nessa passagem”.

Agora vamos entrar no último bloco, e falaremos dos versículos 16 até o final.

Vamos começar recordando 3 passagens, que encontramos em Lv 19: 16,17; Fl 4:2, 3; I Jo 1:9; Esse versículo fala nos de atitudes praticas, e nos ensina a ir de encontro com os outros, para sermos curados interiormente. Não esperemos, tomemos o 1º passo, irmos até ele, e também devemos orar para que o irmão confesse, coloque para fora, reconheça. Recordemos de Evódia e Sintique.

Agora vejamos que temos que dar o que temos, confiança, fé, esperança, Elias era conhecedor do que podia fazer e fez, e nós? Assim vemos que ele agiu e trouxe o resultado.

No versículo 19 e 20, vemos a nossa responsabilidade para com os irmãos e irmãs, temos de agir conforme os pensamentos divinos. Lembremos que a queda vem aos poucos e o irmão ou irmã que se afasta, foi aos poucos, gradativamente. A morte aqui citada é a morte física, pois já temos a salvação eterna.

Vamos encerrar pensando:

Apenas podemos dar aquilo que temos, então vamos nos encher da Palavra de Deus.

Precisamos aprender do Senhor e sermos alimentados por Ele.

Judeus tem esperanças terrenas, cristãos tem esperanças celestiais.