Esse estudo foi fruto de um resumo feito por um irmão na conferência anual de Diadema.
CONFERÊNCIA BÍBLICA – DIADEMA SP / 21 e 22 de junho de 2019
Estudos em Levítico: Capítulos 4 a 6. / TEMA: OS SACRIFÍCIOS
Apontamentos:
1º DIA – 21/06 (Sexta feira)
INTRODUÇÃO – Bernardo
- Levítico 1 a 3 – OFERTAS VOLUNTÁRIAS.
- HOLOCAUSTO: Lv.1 Bezerro; Gado miúdo (ovelha, cabra) e Aves.
* Perfeita glorificação de Deus no sacrifício de seu Filho.
- OFERTA DE MANJARES/ ALIMENTOS: Lv.2 Cru; Cozido e Espigas verdes tostadas.
* O Senhor Jesus em sua humanidade, como as delícias do Pai.
- SACRIFÍCIO PACÍFICO: Lv.3 Gado; Gado miúdo; Cabra e Cordeiro.
* A comunhão entre Deus e o seu povo.
- Levítico 4 e 5 – SACRIFÍCIOS OBRIGATÓRIOS – SACRIFÍCIOS PELO PECADO E CULPA
QUATRO TIPOS DE SACRIFÍCIOS:
- Pelos pecados do próprio sacerdote;
- Pelos pecados do povo;
- Pelos pecados do príncipe;
- Pelos pecados de qualquer pessoa.
QUATRO TIPOS DE PECADOS:
- Pecados ocultos;
- Pecados nas coisas sagradas de Deus;
- Pecados contra os mandamentos de Deus;
- Pecados contra o próximo.
- UMA QUESTÃO DIRECIONADA AO POVO DE DEUS (AOS CRENTES):
Como a comunhão interrompida pode ser restaurada?
- O QUE FAZER?
Deus fez tudo. Tanto o que é a base para a salvação, quanto o que é a base para a restauração.
PERSONAGENS (que pecaram) EM LEVÍTICO – CAPÍTULO 4:
- SACERDOTE UNGIDO (Sumo Sacerdote):
- a) Figura de Cristo, se identificando com seu povo, levando sobre si os seus pecados;
- b) Figura de um adulto na fé, que exerce o serviço sacerdotal na presença de Deus;
- TODO O POVO (Toda a Congregação):
- a) A Igreja como um todo pecou (Aspecto Histórico)
- b) Um testemunho local inteiro peca.
- UM PRÍNCIPE:
- a) Irmãos com capacidade de liderar.
- b) Irmãos de bom testemunho. Com autoridade moral e influência junto a irmandade. Exercitados no serviço.
- QUALQUER PESSOA DO POVO
- a) Todos os crentes em uma congregação.
ANIMAIS PARA O SACRIFÍCIO EM LEVÍTICO – CAPÍTULO 4:
- NOVILHO SEM DEFEITO: Sacrifício mais valioso. Representa a pessoa de Cristo em sua energia/ força.
- BODE SEM DEFEITO:
- CABRA SEM DEFEITO:
OUTRAS FIGURAS EM LEVÍTICO – CAPÍTULO 4:
- SANGUE: O sacrifício pelo pecado. O preço pago.
- GORDURA: A energia e a resolução do Senhor Jesus em fazer a vontade de Deus.
- RINS: Representa o íntimo.
PECADO...
- POR IGNORÂNCIA; POR NÃO SABER; OCULTO; TEMERÁRIO (Audaz/ ousado/ consciente)
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Irmão Peter – CONTEXTUALIZANDO O ASSUNTO.
- GÊNESIS – O homem peca e se afasta da presença de Deus.
- ÊXODO – Deus liberta e resgata o seu povo por meio do sangue do cordeiro.
(figura do sacrifício redentor de Cristo).
- LEVÍTICO – Deus quer ter comunhão com o seu povo e o chama à sua presença. Somos chamados à viver na presença de Deus, em separação de vida (santificação) para servi-lo e adorá-lo.
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Participações dos irmãos:
- Quanto ao sacerdote ungido. Quando o homem em posição de liderança, destaque e com responsabilidades entre os irmãos, vem a pecar publicamente, isto é causa de escândalos e sofrimento para toda a congregação e pode inclusive levar outros irmãos a caírem na fé.
- Ainda que pequemos por ignorância, isso não diminui nossa responsabilidade ou culpa pelo nosso pecado diante de Deus e para com o próximo.
- O texto nos diz: “se... pecar”. O pecado não deve ser uma prática comum, mas se pecarmos, Deus nos tem preparado um recurso eficaz, uma solução para a nossa restauração (1ª João 1:9-2:1). Deus quer ter comunhão conosco e para isso devemos ter a consciência purificada do pecado para chegarmos e permanecermos em sua presença, por meio da confissão dos pecados a Deus (tal atitude pressupõe um coração contrito e arrependido de pecar. Aqui não se trata da questão da salvação do homem perdido, mas da restauração do crente que pecou).
- Um ponto comum aos quatro casos, observados em Levítico 4, é que pecaram… “Contra os mandamentos do SENHOR” (v.1, 2, 13, 22 e 27). Ver também: Romanos 14:23 (final); Tiago 4:17 e 1ª João 3:4
- Outro ponto comum aos quatro casos, em que foram feitos os sacrifícios, é… “o sangue derramado à base do altar do holocausto”. Que remete à mesa do Senhor, numa aplicação neo testamentária.
- Nos casos do sacerdote e da congregação (o povo), que pecaram, o sangue aspergido diante do véu do santuário e nas pontas do altar de incenso aromático, significam que aqueles que costumavam estar na presença do SENHOR no santuário em adoração, foram completamente restaurados e podem novamente estar diante da presença de Deus e o adorar.
- O amor de Cristo nos constrange (2ª Coríntios 5:14-17). Ele morreu por nós. Deu a sua vida pelos nossos pecados. Hoje, devemos viver para Ele, de uma forma que O honremos, O agrademos e O glorifiquemos. Precisamos, ao nos aproximarmos “do santuário” (especialmente no partir do pão) considerar em nossos corações a pessoa do Senhor Jesus, o seu incomparável amor por nós, o tão alto preço que Ele pagou por nossos pecados. Ele se entregou por nós, por amor. Essa deve ser a única motivação e o ponto de atração de nossas almas: A pessoa do Senhor Jesus Cristo.
2º DIA – 22/06 (Sábado)
INTRODUÇÃO – Samuel
- Levítico 5 e 6 – SACRIFÍCIO PELA CULPA E PELO PECADO.
- 1 – 13. Transição entre o sacrifício pelo pecado e o sacrifício pela culpa (ênfase nos versículos 5 e 6)
PRINCIPAIS ASPECTOS:
- Omissão quanto ao testemunhar (v.1)
- Falta de separação, contato com algo imundo (v.2-3)
- Falar temerariamente (ousadamente, atrevidamente, intencionalmente) (v.4)
- Há uma ordem decrescente nos sacrifícios a serem oferecidos, representando os diferentes níveis de amadurecimento e entendimento na vida espiritual dos crentes, evidenciando a fraqueza humana e revelando a supremacia da graça de Deus.
- Nos tornamos culpados diante de quem somos responsáveis e para com os quais devemos alguma satisfação.
- O sacrifício pelos pecados = Figura a morte do Senhor Jesus pelos pecadores.
- O sacrifício pela culpa = Figura a morte do Senhor pelos pecados.
OBJETIVO DOS SACRIFÍCIOS:
- RESTAURAÇÃO
- RESTITUIÇÃO
- PERDÃO
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Participações dos irmãos:
- O contato com a sujeira (com o mal) sempre nos contamina (Lv. 5:1-4). Ainda que a nossa exposição ao mal se dê de forma passiva, somos afetados e influenciados pelo mesmo. Se não rejeitarmos ou não nos posicionarmos claramente contra o mal, também nos tornamos culpados por esse mesmo mal e contaminados por essa mesma sujeira, pela omissão.
- Como lidar com a questão do mal descoberto? (Lv. 5:1).
A luz do Novo Testamento, conforme Mateus 18:15-17, devemos tratar essa situação, do mal descoberto, primeiramente no âmbito pessoal e privado, de forma restrita e individual, se o problema do pecado ou o mal identificado não for resolvido nesta primeira instância, então será necessário lidar com a situação de forma a ter testemunhas ou até mesmo, em casos mais graves, tratar a questão no âmbito coletivo e de forma pública diante da assembléia.
- Não devemos compreender a expressão “denunciar”, no sentido de espalhar a situação do pecado, erro ou embaraço de algum irmão, numa atitude de fofoca ou ainda disseminando “sementes do mal” plantando a dúvida, desconfiança ou julgamento, junto aos demais irmãos, poluindo as consciências e os corações. Devemos lidar com esses casos focando na restauração da vida daquele que errou/pecou, e fugirmos de agir como acusadores ou execradores dos que necessitam ser reerguidos e curados.
- Como cristãos, devemos evitar associações que podem nos contaminar, mesmo que em primeira análise não possam ser considerados como pecado, mas se o discernimento nos mostrar que tal envolvimento pode representar um embaraço com as coisas do mundo, que prejudique nosso testemunho, ou com o tempo nos influencie negativamente, podendo até mesmo nos levar a pecar. (Lv. 5:2-4; 2ª Coríntios 6:12-18)
- Um alerta quanto ao cuidado para não pecarmos contra as coisas sagradas do Senhor. Devemos amar as coisas do Senhor, ter o zelo, a reverência e profundo respeito e apreço pelas coisas que são do Senhor.
(Lv. 5:15-16)
- Para não tornarmo-nos culpados em pecar por ignorância com relação aos mandamentos do Senhor, devemos nos dedicar mais diligentemente em nos ocupar com a Palavra de Deus, a fim de conhecermos mais e mais qual é a vontade do Senhor, para bem nos conduzirmos nas diversas áreas da vida. (Lv. 5:17-19).
- A referência aos “siclos de prata, segundo o siclo do santuário” (Lv. 5:15), são um parâmetro quanto ao valor do carneiro sem defeito do rebanho dado por expiação da culpa. Aqui vemos em figura, o alto e inestimável preço pago por nossos pecados em resgate de nossas vidas (1ª Coríntios 6:20; 1ª Pedro 1:18-19).
- Quanto a questão da restituição pelo pecado com o acréscimo de um quinto (20%) a ser apresentado ao sacerdote, em se tratando de quem pecar contra as coisas sagradas do SENHOR (Lv. 5:16), aqui o texto nos fala, em figura, sobre devermos responder em reconhecimento e gratidão à obra do Senhor Jesus, que se entregou em sacrifício de amor por nós. Somos chamados a dar mais de nossa vida, mais de nosso tempo, mais de nossa energia e vigor, mais de nosso trabalho, mais de nossa obediência e fidelidade e muito mais de nosso amor e afetos, para o nosso amado Salvador. Ele é digno.
- Quando os crentes estão reunidos, à mesa do Senhor, participando do partir do pão, seus corações devem estar ocupados com a pessoa e com a obra do Senhor Jesus. Esta deve ser a motivação que nos move a adorá-lo. Este é um chamamento não apenas para os irmãos, cuja participação na reunião pode ser expressa audivelmente, mas também para as irmãs, que no seu silêncio aparente, em seus corações também oferecem louvor e adoração ao Senhor. Pois o Espírito Santo colhe de cada coração (irmãos e irmãs) os mais doces e ternos afetos de gratidão, induzindo o coletivo dos crentes a expressar louvor e adoração a Deus o Pai e ao Senhor Jesus.
- Quanto a fundamental questão do perdão, o parâmetro e a nossa referência está em como Deus tratou conosco. Precisamos perdoar os irmãos e o nosso próximo, mas isso não se dá porque sejamos bons o suficiente ou possamos fazê-lo por nossas próprias forças, antes, devemos aprender com o exemplo do Senhor e olhar para o amor de Deus por nós, que nos perdoou sendo nós ainda pecadores e sem termos qualquer merecimento (Romanos 5:8). Olhar para o Senhor Jesus Cristo, em como Ele não buscou os seus próprios interesses (1ª Coríntios 13:5b), mas pelo contrário, antes pensou em nossa necessidade e por amor se entregou por nós (Efésios 5:2,25). Assim nós também devemos agir uns para com os outros, amando-nos e perdoando-nos uns aos outros. (Efésios 4:32, Colossenses 3:13)
- Um sinal visível de quando realmente perdoamos o outro, em que fica notório que está de fato perdoado, é quando vemos que houve a restauração da comunhão entre as partes envolvidas. De semelhante modo vemos como Deus tratou conosco, pois estávamos separados de Deus por causa do pecado, e Ele nos perdoou em Cristo, restaurando a paz o nosso relacionamento com Deus. (Rm 5:1; 2ª Coríntios 5:18-20).